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Fundos de Ações: Como Ganhardinheiro no Mercado de Renda Variável

Fundos de Ações: Como Ganhardinheiro no Mercado de Renda Variável

06/06/2025 - 00:36
Marcos Vinicius
Fundos de Ações: Como Ganhardinheiro no Mercado de Renda Variável

Investir em fundos de ações pode parecer desafiador, mas com a abordagem certa, é possível aproveitar ciclos positivos da Bolsa
e obter resultados expressivos ao longo do tempo.

Este artigo explora o cenário atual, compartilha dados recentes e oferece estratégias práticas para quem deseja surfar
nas oscilações do mercado brasileiro de renda variável.

O que são fundos de ações e como funcionam

Fundos de ações, ou FIAs, são veículos de investimento coletivo que aplicam pelo menos 67% de seu patrimônio em ações
de empresas negociadas na B3. Ao adquirir cotas, o investidor delega à equipe de gestão a escolha dos ativos, a
análise de valuation e o reequilíbrio da carteira.

Existem fundos de gestão ativa, que buscam superar benchmarks como o Ibovespa, e fundos de gestão passiva ou
indexados, que replicam a composição de índices. Cada modalidade tem prós e contras:

  • Gestão ativa vs. passiva: maior potencial de ganhos acima do índice, porém com custos mais altos.
  • Exposição diversificada: evita concentração em uma única empresa e dilui riscos específicos.
  • Horizonte de longo prazo: recomendado para quem tolera volatilidade e oscilações frequentes.

Contexto atual do mercado e desempenho em 2025

O primeiro semestre de 2025 foi marcado por um momento de alta significativa na Bolsa brasileira. O Ibovespa registrou
alta acumulada de mais de 8% no primeiro trimestre e chegou a 15,8% de valorização até junho.

Esse movimento foi impulsionado por fatores como baixa exposição de investidores locais à renda variável, rotação global
para mercados emergentes e precificação de riscos do Brasil em patamares mais atrativos.

Os resultados dos FIAs acompanharam esse rali: 66,51% dos fundos de ações superaram o Ibovespa no primeiro
semestre e 85,5% bateram o CDI, um contraste marcante em relação ao passado recente.

Comparação histórica: FIAs vs. Renda Fixa

A consistência de desempenho dos fundos de ações tem sido um desafio no longo prazo. Entre 2019 e 2024, apenas 12,84% dos
FIAs conseguiram superar o CDI acumulado de 51% nesse período. Em 2024, esse percentual foi de 16,71%.

Em termos de rentabilidade anual, o CDI rendeu 5,9% no primeiro semestre de 2025 e 10,9% em 2024, mostrando como a renda
fixa ainda pode competir com a renda variável quando o mercado não está em alta pronunciada.

Valuation e atratividade da Bolsa Brasileira

Apesar da recuperação em 2025, a Bolsa opera em um patamar de preço/lucro de 9,4 vezes (sem Petrobras e Vale),
abaixo da média histórica de 12,1. Isso indica que muitos papéis ainda estão baratos em termos relativos, refletindo
riscos estruturais já incorporados nos preços.

Para o investidor, essa combinação de crescimento recente e valuation atrativo pode representar uma oportunidade
de entrar em ativos com potencial de valorização adicional.

Principais fundos vencedores e critérios de seleção

Entre os fundos que mais se destacaram no primeiro trimestre de 2025, vale citar:

  • Alaska Institucional
  • Nord 10X
  • Nord Melhores Fundos FoF Ações

Para montar uma carteira equilibrada, considere fundos que atendam a estes critérios:

  • Patrimônio líquido acima de R$ 10 milhões
  • Mais de 10 cotistas
  • Não sejam fundos monoação ou master
  • Histórico de performance consistente em ciclos de alta e baixa

Como investir em fundos de ações

O processo de investimento é simples e pode ser feito em poucos passos:

  • Abrir conta em corretora habilitada para operar na B3;
  • Comparar taxas de administração e performance;
  • Verificar o calendário de negociação (10h às 17h em geral);
  • Enviar ordem de compra de cotas pelo home broker ou plataforma da corretora.

O calendário da B3 em 2025 oferece flexibilidade, com operação disponível na maioria dos feriados nacionais e paulistas.

Estratégias para seleção de fundos

Para aumentar as chances de ganhos consistentes, adote uma abordagem disciplinada:

  • Alocação por ciclo de mercado: aumente exposição em fases de alta e reduza em momentos de incerteza;
  • Análise qualitativa dos gestores: avalie experiência, consistência e estilo de investimento;
  • Monitoramento periódico: revise alocações trimestralmente e ajuste conforme cenário;
  • Evite decisões impulsivas baseadas em picos de volatilidade.

Riscos, perfil e visão de longo prazo

Fundos de ações são indicados para investidores com tolerância à volatilidade e visão de longo prazo. Riscos
de oscilações bruscas, perdas temporárias e mudanças macroeconômicas devem ser considerados.

Manter a disciplina e resistir a movimentos emocionais é fundamental. Só assim é possível aproveitar plenamente
o potencial de valorização do mercado acionário brasileiro ao longo dos anos.

Com planejamento adequado e escolhas embasadas, os fundos de ações podem ser um pilar central de uma carteira de investimentos
que busca crescimento real de patrimônio e proteção contra a corrosão da inflação.

Marcos Vinicius

Sobre o Autor: Marcos Vinicius

Marcos Vinicius, 30 anos, é redator no vindalho.com, com foco em estratégias de crédito e soluções financeiras para iniciantes.